9.7.14

Morre um velho...

Lá vem um novo!
Mas antes disso morre um velho….
 A oportunidade de me desapegar de antigos vícios, de começar a ser mais saudável e de tomar um banho de mar por semana.
No passado deixo os tropeços, os erros do corte de cabelo e a cegueira.
Do presente levarei a vontade e o prazer de ouvir: O silêncio. O mundo inteiro. O outro.
No passado fica a ansiedade, o controle e algumas roupas. 
Do presente vem comigo a leveza, os escritos e um amor transbordado como solução para tudo.
Não me entenda mal. Vejo sua neurose! E a descarto.
Não me permito mais do que uma noite de dor. Me gosto mais sorrindo.
Se você vem, que me traga algo novo. De preferência uma loucura. Das mais encantadoras possíveis. 

Até que se acabem os vinte e eu comece a saborear os vindos de um trinta.

24.5.14

Inacabados

Inacabados
Todos os escritos.
Sem pontos.

É feio judiar do amor. [do querer?]
Da gente. Do outro.

Deixa as águas quietas.
Deixa o suspiro por si só.

Esqueça as amarras.

Um grito de acaso.
Um almejo de vida.

Ali… Silenciosa. Miúda.
Transbordando sorrisos.
De frente pro mundo e pras noites.
Enamorada de si.
Perdida.
Enlinhada
Tão legítima!

Lambuzado de desejos, impulsos e inquietações.
Satisfaça-se!
E espere que passem…

Que passem…

10.5.14

Um gosto bom de azul

No mesmo lugar, mas muito longe dali.
Olhos, sorrisos e ouvidos.
Tudo de férias.
Por onde bem entendem.
Levem!
Leves.

Não me encontro no espelho e não tenho pretensão de buscar.

Quem sabe precisamos sair do mundo pra viver e esquecer de lamentar nossas pequenas prisões!

A satisfação de molhar os pés e a nuca.
O deleite de perder tempo.
A delícia dos sons.
O sono.
O sonho.
Encontros com outros perdidos.



Fim de noite.
Um gosto bom de azul.
Despida em meu pequeno templo.