9.9.10

Pensei...

Bem que o mundo poderia ser um balão, somente para estarmos nós na iminência de estourá-lo.

E sem vice-versa.

8.9.10

Plural

Sobre família, amor e outras histórias...

Vocês já experimentaram uma cigarra escandalosa no jardim?
Quase não consigo mais pensar em nada.
Só sobrou o que havia de sobrar.

Ando apaixonada. Mesmo.
Cheia de pieguices e desejos de bem.
Cheia de vontade de sorrir, cantar e falar com estranhos.

Vou ali esquecer que pode passar quando dormir!

5.7.10

Quereres

Pensar menos, sentir mais.
Ansiar menos, esperar mais.

25.6.10

O bem mais precioso...

O brilho de ser o melhor não se ofusca nem mesmo com as tentativas incessantes de me ensinar a encarar a realidade...

Começou ainda quando trazia aquele olhar como o dele: olhos pequenos que parecem querer esconder a alma sensível de quem tem sede por amar...

Seguiu por me cativar o gosto pela música, a eterna admiração por seu trabalho e a vontade de lhe provocar um sorriso de orgulho.

E depois, amá-lo era antes de mais nada: natural....

A pessoa que mais acreditou...
A que quis viver, através de mim, [nossos] sonhos!

Sem nada mais... é só por si a revelação do maior amor que trago no peito.

***
Pai, o senhor é meu exemplo de vida, de luta e de conquista.
Falo, acompanhada de lágrimas que não se satisfazem com a discrição, que não seria a mesma pessoa sem te ter sempre ao lado; que não sei ser eu, sem ser antes sua filha. O senhor é, sem dúvida, o ser mais apaixonante que encarei de frente. E peço-lhe simplesmente que tente ser eterno e que continue a nos guardar embaixo da asa sob esse olhar estreito de quem não sabe nos dar coisa maior do que o maior amor que temos na vida.

***
No fim sou mais uma clichê. Que não sabe falar de amor sem se embebedar de sentimento e ser repetitiva. Mas acima de tudo verdadeira.

Digo isso porque foi ao som de Caetano que resolvi escrever, com memórias vivas das noites que cantamos juntos, ao som do seu violão, o prazer de viver. Obrigada!
Parabéns!

7.6.10

Um celebrar...

Um tanto quanto efêmero... assim dizem... o próprio sentir!
Ainda assim... impossível que nos tire o gracioso de ter por perto!
O prazer do coincidir pensares...
O conforto de estar perto do bem mais precioso!
O alívio por saber que ainda há pequenas surpresas entre os escombros da vida que se recicla...

Um Porto! Que coincide com a cidade mais bela! E promete ser o lar onde se quer perder a noção de tempo e espaço com requintadas taças de vinho, desafiando o paladar entre os amargos do passado e as delícias do futuro. Entre tudo o que já éramos e o que prometemos ser... juntos!

Somado à isso, a mais fiel consumidora de meus siricuticos...

Para ela, que tem sido uma constante embriaguez de sabedoria e vivência, proponho que tomemos um trago e um pouco de juízo!


Parabéns, Edna!

1.6.10

Some fresh air...

Ventos...
De criações e [re]invenções!
Muito bem quistos, de muito bom grado!
Já não era sem falta!
Que se faça pó dos padrões não repetitíveis.

***
Eu devia ter congelado... fora de mim. Como a carne que te espera sem validade.
Repressão segura!
Não recuso um sorriso. Não fujo do olhar.
Não fecho a porta. Me recuso a levantar!
Você me parece sempre um bom motivo para feriados!

***
É hora de dar fim a essa nudez.
Preciso voltar aos meus disfarces!

6.5.10

Persegue...

Soltaram dizeres ao vento e eles resolveram se entrelaçar junto ao meu ouvido!

Perder-se de si parece impossível ainda que o desejo seja supremo. Mas antes, precisa, na verdade, parecer desnecessário. Ainda que nada disso evite a busca pela essência.

Me deu por experimentar todas as frutas e gostar delas... Me deu por comer passas...Me deu por separar-me da dependência.
Deu-me por afagar o passado com um abraço e saudar o futuro com um beijo.
Deu-me por querer viajar acompanhada e consagrar o ano com desejos antigos/eternos, não narrados... Deu-me por fim a vontade de tudo e sobretudo de mim.

31.3.10

Controvérsias

Ora vejamos!
Quem diabos inventou tudo isso?
A ambição, o desejo e a vontade pelo novo?
De onde surgiu o gosto pelo frio, o prazer da independência, essa súbita vaidade e o refinamento em uma taça de vinho no fim da noite?

Contanto que soe Baker no final, creio que já não me importa!
Junto a isso, um muito embebido nos resquícios do passado, encontro-me com vontade de origem, de fim e de definitivo.
E com as poucas forças que devem ficar assim, guardadas, para o porvir...

11.3.10

It melts like lemon drops...

Segura! Segura!
Com a mão mesmo!
É! Deu certo?
Tá, volto já! Vou só buscar!

Pronto, obrigada!
Não, nem encontrei! Disseram que tava em falta, mas eu vi duas ou três pessoas saindo com o estômago cheio.
Também acho. Isso de manter a calma já está começando a me irritar.
Não repita, rapaz! Já disse que me irrita!
Tá, não se preocupe!

Nem sei porque você está sorrindo, para o seu nome também não tinha reserva.
Lógico que sim, como iria saber se não houvesse perguntado?
Imaginei que você também iria querer, sua situação não está lá muito melhor.
De nada!
Não, não, sem previsão.

***

Roubaram-nos o ar e a vontade de acreditar no amor.
De não ver nos lamentos uma espécie de cantiga de ninar.
De buscar sorrisos... em mim.
Derreteram o desejo de fim de tarde. De mar.
O acreditar no outro [...raro] foi varrido, junto às poucas lembranças de semelhantes exitosos ocorridos.
Antes que cometa qualquer injustiça, confesso manter a costumeira esperança no porvir. Ainda que desista do agora.

25.2.10

Sentires doídos...

Sem meias palavras. Hoje o texto é corrido - já que tudo corre por aqui!

Parece que o terremoto foi dentro. Encontrei o coração nos pés e o juízo na ponta dos dedos.
A vida, é bem verdade, [e já sabíamos!], não se faz de atropelos justos. Quando começamos a somá-los, os dentes são os primeiros a reivindicar um pouco de paz. É preciso sorrisos!
No dia em que te beliscam o coração, o horizonte parece ter dado um passo mais pra lá. Ainda que não pareça: é só mais um dia que morrerá.
A vida foi tão distraída por caminhos equivocados que de resto sobrou apenas um pouco de consciência para se recriar novo.
Um novo arredio. Nada convidativo.
Ate-se a si enquanto os pulmões sufocam.

Prenda a respiração.
Mergulhe!

Corpo
Alma
Sentimentos e
Asas


Lavadas!

Passar bem. Há muito amor por aí!

1.2.10

Ares

O vestido é o mesmo... que a leva rua abaixo...
As ruas são também as mesmas, de antigos rodopios.
Não perca de vista o novo sabor de graviola e nem se esqueça do barulho dos estranhos lençóis.
Travista o velho de novo: olhe desde o outro lado da calçada.
Poderia ser mais agradável se o seu verde acordasse ao lado.
Mas, já que não, pois não!
Espere que queiram o seu mesmo querer... E a mesma coisa para olhar.

Eu? Já vi pernas abraçarem o mundo. [ Ou seria somente o desejo? Ah! Que legítimo!]
Não se canse, menina! Ainda é o começo dos tempos. Ventos novos trarão passos e distâncias. Combine-os como puder!