9.12.08

Começos, finais e coisa afins...

"Vc devia experimentar viver a vida que quer e se apaixonar pela realidade"
Foi. Juro. Disse
A capacidade de nos recriarmos me embebeda de forma tal que me presenteia com pensamentos assim, vomitados na esquina seguinte. Deve ser o balanço daqui. Doce me enjooa.
Impossível! Juro. Disseram

***
Mil. Personagens, contos, sensações, pretensões e remorsos.
Contanto que tragam sorrisos...
Como fazer para que não se pareçam com finais e ainda assim tragam [re]começos?
- Inspire! Expire! E então?
 - Mesma coisa!

***
Pensamentos assim inacabados. Você se atreve?

***
Reencontros. Amo.

***

17.11.08

Caricaturas

Caras e criaturas: cenário.
É bem verdade que o atual ofício traz consigo um gosto frio de realidade...
Sensibilidades inerentes às denúncias e às tragédias: afloram!
Uma biclicleta, camiseta branca, negro [sem fugir às regras].
Uma mulher, duas crianças.
De comum apenas um cordão de ouro cheio de recordações: ora de uma, ora do outro [após um solavanco]
***
Final do expediente, sinônimo de respirações escassas e ofegantes. Trânsito. Alguns impacientes, outros ainda buscando o do dia. Um corolla e uma carroça. O carroceiro escutou a intermitente buzina e se desculpou por todo o atropelo causado. Nem escutou. Vidros fechados. Ar-condicionado.

Sem contar com enganos, grana, providências e pautas.
De mais, apenas uma semana!

21.10.08

Cores

Apenas para que venham as cores...
Dessas mesmo que têm trazido as mudanças!

*Presente do dia 14.10

8.10.08

TPM

Descobri a pouco que tinha a quem puxar. Em momentos de extrema tensão, parávamos para pensar.
Hoje tinha tudo pra ser um dia daqueles, cheio de mesmices.
Vontade de colocar num freezer, pra esfriar longe daqui.
E aí vem gritos e esperneios, com você mesmo que não tem nada com isso.
Pense bem, esse dia já não funciona. Disse a pouco: está sisudo.
Mas vieram bons ventos de conversas francas;
Novas oportunidades de encerrar ciclos críticos.
E um dia que levantou de mau humor já conta piadas
...e ainda nem terminou!

Se as esperanças tivessem sido comidas pela beira, não haveria remota possibilidade de músicas roubarem sorrisos por aqui.

6.10.08

[Com]partir

Espera... tempo.
Recheio de boas novas às angustias.
Letras? Ainda não.
Sentires...
Justos. Conseqüentes.
Solamente. O futuro já chega.
Um sorriso enfim. O próximo piscar.

1.10.08

Resultado alterado

E se eu começasse pelo fim, seguisse pelo começo e terminasse no meio?

Se eu começasse pelo fim, de começo o fim seria início e de certa forma fim porque te conto que foi feliz até a manhã seguinte, quando faltou água.
Ainda te interessa o começo que agora deve ser meio?

Pois bem que nasceram e cresceram e pensaram saber o todo e o pra sempre... Se juntaram para iniciar a contagem regressiva em busca do fim, ou do meio. Sim! Estava dito e rabiscado... Como a vida passou a ser... Descobriram uma coleção de giz de cera e viram na vida mais rabiscos e rabiscos... Acharam graça em colorir a vida! Seguiram juntos por anos entre sorrisos e lágrimas muito bem desperdiçados... A água lavou muitas vezes suas cores, mas a insistência sempre foi de falar mais alto... Enrolaram a vida e viveram juntos um pouco mais do que podiam – Imaginaram! Para dar gosto de alfenim...

E o que passa de meio desejavam mesmo que fosse início ou fim, mas nunca meio. Mataram ele aos poucos como com agulhadas que arrepiavam a pobre coitada que foi se vendo só! De pobre coitada antes nada tinha. Agora: a mandaram assim ser... E beber mais água e se cuidar para não receber a mesma carta que ele recebera de seu médico. Que nada! O fim disso tudo você já sabe... Además, no mundo, falam em falta d’água!

29.9.08

Samba

- Faz a letra de um samba pra mim!

- "Mas pra fazer um samba com beleza, é preciso um bucado de tristeza, é preciso um bucado de tristeza, senão não se faz um samba não."

***

Foi um encontro rápido. Não sei se dela comigo ou se meu com ela.

***

De ponto e pó

Um laço atado
...Ido
A sobra de um amor
...Varrido

Trançando olhares
...Cores
Guardando segredos,
...Amores

A história de uma vida mal contada
...Vivida
O restante da graça
...Perdida

A cadencia de um samba
A menina que dança
A vida que segue
...balanço

25.9.08

Manhã


Minha manhã começa agitada ao sair de casa. 
Caminho rapidamente para parada.
O 56 passa logo em seguida e ao entrar, quando consigo ver, dou de cara com o motorista.
Homem negro, calvo e com aqueles sorrisos brancos, bem grande.
Quando passar pela roleta é uma opção, dou um tímido bom dia ou apenas sorrio.
A viagem é sempre muito animada.
As proporções do coletivo facilitam a intereração (mas não comigo).
Hoje, uma das passageiras teve direito a Parabens em uníssono.
As palmas não soaram, mas podia-se ouvir as vozes sendo puxadas pelo condutor.
Durante os 40 minutos ele tenta acalentar Sofia com sua voz (bebê que sempre está com sua mãe na cadeira logo atrás a dele), faz graça com uma senhora loira (inclusive hoje eles discutiram), comenta que precisa fazer as unhas, brinca com o palmeirense, puxa o coro. Além disso ele também dirige e passa trocos. Multi task man.
Hoje não segurei o riso. Quando começaram a cantar parabéns, estava sentada no final do ligeirinho (finalmente!) e a senhora, que minutos antes lamentava que fazia um ano que não tirava folga no fim de semana, caiu na gargalhada e disse que estava se sentindo numa besta escolar! 
Aos poucos o vazio e o silêncio foram dando espaço ao espaço.
Desci, com a sensação de já ter vivido bem na calorosa manhã de primavera.

23.9.08

Desacordo

O ritmo disso tudo...
As idéias desperdiçadas...

As convenções e crenças...
Para o bem geral da nação é que não foram criadas.

Que regras trarão a sua felicidade?
Me grava num cd. Deve ser a mesma pra mim.

Estou em desacordo, mas em breve devo acordar.

17.9.08

Pontos [e contos ] de ônibus

Fluxo.
Pessoas. Carros. Buzinas. Semáforos. Ônibus. Tempo.
Esse vai e vem repetitivo cria causos frente a nossos olhos.
Veja bem se não tenho cá comigo um pouco de razão.
***
Mais uma manhã. Atrasada como sempre. Esperando o ponto final do ônibus que mais lhe parecia o ponto final do mundo, tamanha demora. Costumeiramente, a essa altura, estava sozinha no ônibus. Nessa manhã, não. Um idoso, desses que a fazia lembrar seu avô, também desceria na próxima parada. Uma dificuldade tamanha na tentativa de coordenar seus membros trêmulos, sua bengala e o espaço exato entre os degraus da porta traseira. Desceu. Se colocou à esquerda da porta, firmou sua bengala no chão com a mão esquerda e dirigiu seu olhar para o alto com a mão direita estendida. Ela sorriu. Segurou a mão sem se apoiar. Agradeceu e retribui o bom dia. E por uns instantes, aquilo não lhe parecia mais o fim do mundo.
***
“- Eu vim de ônibus agora, sabe? Aí, você não acredita! Lá na altura da Marinha, sabe?”
Eu tive três segundos para imaginar o fim daquele relato - tempo que o interlocutor de minha personagem gastou para se localizar em seu intinerário.
Pois bem, comecei pensando que havia sido um assalto a ônibus, para manter a conversa na tendência da moda criminal atual; A sirene de uma ambulância da SAMU levou minhas hipóteses para um grave acidente, desses que seria, certamente, manchete no próximo noticiário.
[Meu raciocínio fôra interrompido. Ela voltara a falar].
Foi assim que perdi três segundos do meu dia. Mas devo confessar que me bastou os outros poucos instantes que se seguiram para fazê-lo voltar a valer a pena:
“- Menina, tinha um ipê amarelo muito lindo... todo amarelo!”
***

11.9.08

A que veio...

... nem sabe.
Entre tantos siricuticos e tirinetes...
É a espera por conexões de cores saltitantes aos olhos.
Ou é somente a desova de idéias que ainda nem nasceram...

Almofadas.
Cores.
Fotos, músicas, perfumes, livros, revistas e jornais.
Cinzeiros e copos.
Imaginação por todos os lados.

Entre e fique [muito] à vontade.