11.3.10

It melts like lemon drops...

Segura! Segura!
Com a mão mesmo!
É! Deu certo?
Tá, volto já! Vou só buscar!

Pronto, obrigada!
Não, nem encontrei! Disseram que tava em falta, mas eu vi duas ou três pessoas saindo com o estômago cheio.
Também acho. Isso de manter a calma já está começando a me irritar.
Não repita, rapaz! Já disse que me irrita!
Tá, não se preocupe!

Nem sei porque você está sorrindo, para o seu nome também não tinha reserva.
Lógico que sim, como iria saber se não houvesse perguntado?
Imaginei que você também iria querer, sua situação não está lá muito melhor.
De nada!
Não, não, sem previsão.

***

Roubaram-nos o ar e a vontade de acreditar no amor.
De não ver nos lamentos uma espécie de cantiga de ninar.
De buscar sorrisos... em mim.
Derreteram o desejo de fim de tarde. De mar.
O acreditar no outro [...raro] foi varrido, junto às poucas lembranças de semelhantes exitosos ocorridos.
Antes que cometa qualquer injustiça, confesso manter a costumeira esperança no porvir. Ainda que desista do agora.

2 comentários:

maria ruela disse...

Não se separa o porvir do agora, não te contaram que era tudo um? é... podia te contar isso?

Outro dia um homem com pinturas muito sem graça falou que "A mudança do ponto de vista muda a coisa, em si". Eu acredito, digo, que ao invés de pular o agora, pode olhar de cabeça pra baixo, com uma grande angular, ou talvez uma macro. Você sabe tudo sobre mudar ponto de vista... sem sei por que me atrevo aqui.

Mariana do Vale disse...

Acho que inconsciente já estou vendo tudo "boca abajo!"